quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

domingo, 16 de fevereiro de 2020

segunda-feira, 3 de julho de 2017


o fino verniz que recobria seus versos sobre mim,

descascou com o tempo chuvoso do meu coração 
deixando ao léu o lugar onde os depositei 
e que por tanto tempo fiz questão de proteger,
tola ingenuidade essa minha de achar que poderia preservar-lhes,
como se mantendo-os, eu também me protegesse, 
quando na verdade o  que cultivei dentro de mim 
não passou de um espinheiro estéril. 

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Não sou mulher de extravagancias
Mais observo do que me destaco
O preço disso é me envenenar aos poucos
Acumular resíduos, restos de palavras não ditas
Não ouvidas, sentidas...
Silêncios infindos ecoam sufocados
Palavras faladas, pesadas
Sobrecarregam meus ombros;
Seus arroubos de sinceridades de "achismos"
Acabam por me lançar em mares revoltos
Presa ao peso das palavras
Sufocada de tantos resíduos

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Enterrando Talentos

Para quem conhece a Parábola:

      Há muitos anos atras, quando eu participava de um grupo de canto coral, o maestro do referido grupo me chamou separadamente dos demais e me disse: " - De todas as sopranos deste grupo, você é a única com condições de, se levar a sério e ensaiar todos os dias, daqui à uns 15 anos se tornar uma cantora lírica."
       Eu tinha 16 anos e nenhuma noção da realidade. Não vou me fazer de vítima e dizer que a vida mudou os meus caminhos e blá blá blá, mas o fato é que mudei de cidade e nunca mais cantei nada, cantarolava pra mim mesma, reconhecendo que não sou nada comercial e achando q ninguem pagaria para me ouvir (em terra de Anita, Naldo e Valesca popozuda, nem me interessa tentar).
         Porém o tempo não perdoa ninguem, e minha voz suave "enferrujou", como tudo que a gente não exercita, encarangou. Não tenho mais o alcance agudo e a afinação que um dia eu tive, isso eu ja sabia, mas hoje quando tocou uma música que eu cantarolava sempre e fui acompanhar, alguém próximo me pediu para parar porque eu estava atrapalhando.
         Este é o preço por enterrar o um talento ao inves de desenvolvê-lo, quando você percebe "ja eras", passou. Agora só vou cantar no chuveiro e de preferencia sozinha em casa =/
Faz tanto tempo que eu não escrevo nada que me sinto saindo de um coma profundo, são tantas coisas que acontecem e aconteceram para que isso acontecesse... a culpa é minha, eu sei e não serei hipócrita de dizer o contrario.
Foram tantas dores sentidas e ressentidas, caladas pela rotina que nos transforma em novelos, quem nem sei por onde começar.
Vou começar a transformar isso aqui (o blog) em um registro mais amplo do que a ideia original de apenas arquivar oq eu escrevia "poeticamente" (pelo menos tentando que fosse poético), vou escrever oq eu penso, oq eu sinto, oq eu quero e pronto. Fiz inclusive algumas mudanças a começar pelo nome, DIVAneios porque SOU UMA DIVA SIM, depois dos 30 a gente cansa dessa falsa modéstia, e assume os proprios devaneios, nos tornamos oque somos.Mas isso não importa acho q ninguem lê isso mesmo, e nem é a intensão, isso é pra ser mais meu do q dos outros. Faço pra mim, por mim. Assim economizo o dinheiro da terapia. =)

terça-feira, 6 de março de 2012


nunca mais outros sorrisos tocarão meus olhos
porque a visão dos teus, ofuscou as estrelas

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011